Práticas de Responsabilidade Social: Como as Empresas Podem Fazer a Diferença

A responsabilidade social das empresas é uma prática crescente desde o final da segunda guerra mundial, quando as empresas se engajaram na reconstrução dos países destruídos pela guerra, onde viram que os governos sozinhos não conseguiriam ter êxito nesta reconstrução. Esta prática foi crescendo nas décadas seguintes, pela necessidade social de pessoas menos assistidas pelos governos e com a conscientização das empresas em seu papel na sociedade. Isto ainda não é uma prática comum entre todas as empresas, mas cada vez mais, muitas se engajam para ter um papel fundamental no desenvolvimento social mundial. 

Neste cenário, foram constituídas organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com atuação social, considerado o terceiro setor. Estas organizações atuam em diferentes segmentos, ou melhor, diferentes causas sociais, econômicas, meio ambientais, educacionais, de inclusão, animais entre outras, facilitando assim o apoio de pessoas físicas e jurídicas a determinadas causas. 

Mas para que uma empresa se envolva neste tema, é de fundamental importância que isto faça parte da sua estratégia, para que as ações sejam planejadas e mensuradas, e que sua imagem seja capitalizada positivamente no mercado e na sociedade. Ou seja, não é uma ação isolada, mas parte de um conjunto de ações onde o alinhamento com o planejamento estratégico e seus objetivos sejam convergentes. Desta forma as ações de responsabilidade social passam a ser uma ferramenta de gestão com acompanhamento de seus resultados, indicadores de impactos e benefícios, quando se trata de ações para a sociedade. 

Considerando estas práticas, passamos a entender que um valor que passa a ser fundamental das empresas que se propõem a serem socialmente responsáveis, é a ética, que vem junto com honestidade e transparência, sendo clara para seus sponsorsstakeholders, colaboradores, clientes, fornecedores, e demais segmentos da sociedade. Muitos atores da comunidade científica defendem que as empresas são obrigadas a produzir lucros dentro da lei e de forma ética, sendo estes procedimentos o suficiente para se configuram empresas socialmente responsáveis. Outros vão além, entendendo que parte destes lucros devem ser distribuídos em forma de benefícios sociais na comunidade onde atuam, considerando que esta comunidade, de certa forma, contribui para o resultado das empresas. Lembrando que a comunidade pode ser um bairro, uma cidade, estado, país, continente ou o mundo todo.  

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Ainda no assunto lei, no Brasil e em alguns outros países, as empresas dão sua contribuição social condicionada a benefícios fiscais, o que em outras palavras é dizer, que faz sua ação social com o dinheiro que seria usado para pagar alguns impostos do governo, ou seja, apenas redirecionando o dinheiro que seria usado para pagamento de deveres já assumidos, e não tendo nenhum desembolso adicional. Nestes casos o governo é quem está deixando de arrecadar, passando a ser o real apoiador da causa, e a empresa ainda por cima se beneficia da imagem e exposição da marca no apoio. Esta prática é legal, porém muito cômoda para as empresas que assim condicionam seu aporte para causas. Deveríamos ter uma evolução nesta prática, onde as empresas não condicionassem exclusivamente seus apoios dentro deste formato, mas sim, com contribuições sociais incondicionais. 

Outras formas das empresas se engajarem socialmente é através de voluntariado, seja na motivação de seus colaboradores no apoio a causas, seja para trazer pessoas menos favorecidas ou com necessidades especiais para terem experiências na empresa e assim, gerar um efeito transformador por meio de experiências diversas e crescimento, para ambos os lados. 

Não importa o tamanho da empresa, atualmente a maioria das empresas que aportam recursos em projetos de responsabilidade social são as maiores, mas já vemos um movimento crescente de empresas pequenas também com esta prioridade dentro da sua atuação e planejamento, muitas vezes sendo a sua solidariedade um fim maior do que o próprio lucro. 

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Temos que pensar que na sociedade justa, todos temos que ganhar: empresas, colaboradores, fornecedores, sociedade. A época das negociações onde apenas um lado sai ganhador já acabou. 

A APS3 apoia mensalmente a Inclusive nas Artes, Centro de Artes, Cultura e Inclusão, uma organização sem fins lucrativos que proporciona uma maior inclusão de pessoas adultas com deficiência por meio de atividades artísticas. Para saber mais sobre a Inclusive nas Artes visite o site www.inclusivenasartes.org e siga no facebook e no instagram. 

 

Referências 

LEANDRO, A., REBELO, T., A responsabilidade social das empresas: incursão ao conceito e suas relações com a cultura organizacional, Exedra: Revista Científica, 2011 

 

ANASTACIO, M. R., CRUZ FILHO, P. R. A. e MARINS, J., Empreendedorismo social e inovação social no contexto brasileiro, PUCPRESS, Curitiba 2018. 

Sobre o autor:

Rodrigo Matos. Gerente de Projetos APS3 e Cofundador da Associação Inclusive nas Artes 

 

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